Se
você ainda não tem uma reserva financeira para usar quando parar de
trabalhar, pode estar comprometendo sua qualidade de vida lá na
frente.
O brasileiro está ganhando mais. A parcela de trabalhadores com renda familiar acima de 7.475,00 reais será de quase 15% da população em 2014 – o dobro do percentual de dez anos atrás. Já o conjunto de pessoas com renda familiar de 1.734,00 a 7.475,00 reais vai representar 60% dos brasileiros no próximo ano, segundo pesquisa do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas. Em 2004, esse grupo correspondia a 39,7% da população.
O aumento da renda possibilitou que mais gente guardasse um dinheirinho, pensando na aposentadoria. Em 2007, 9.1 milhões de trabalhadores tinham um plano de previdência. Em agosto deste ano, o total de brasileiros com pelo menos um plano era 12.7 milhões. Segundo os dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).
Corresponde a um aumento de 40%. “O crescimento da renda e da expectativa de vida favorece a adesão aos planos de previdência privada”, diz Osvaldo do Nascimento, presidente da Fenaprevi.
Mas 48% dos brasileiros ainda não contribuem com nenhum plano de previdência, seja pública, seja privada, e 41% pagam somente o INSS, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Educação Financeira. Os contratos de previdência complementar existentes no país representam cerca de 7% da população.
Se você está pensando em entrar para o time de precavidos, quanto mais cedo começar, melhor. “O tempo trabalha a favor dos que investem pensando no longo prazo. Para quem vai contribuir por 15 anos, por exemplo, o valor da contribuição mensal tende a ser mais importante do que os juros sobre juros, já que o prazo é menor. Os juros têm mais peso para os investidores que dispões de um período maior”, diz Silvio Paixão, professor de finanças da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi).
Investir 120,00 reais (com ajustes na parcela de acordo com a inflação) durante 15 anos, por exemplo, gera uma reserva acumulada de 95.420,00 reais ao final do período. Com o mesmo valor, mas no prazo de 30 anos, o montante final passará de 470.000 reais. “A disciplina de manter o investimento no longo prazo, ainda que com uma parcela não muito alta, é o segredo”, diz a planejadora financeira Tatiana Engelmann. Mas o tempo de contribuição não trabalha a seu favor se você começar a investir cedo com um valor muito baixo e só aumentar a quantia depois dos 40 anos.
“É preciso manter um patamar de aportes adequado à renda para conseguir se aposentar com pelo menos 80% do que recebe atualmente, somando previdência pública e privada”, diz Keyton Pedreira, diretor executivo da seguradora Nunes & TGrossi e idealizador do BuscaPrev, ferramenta online que permite comparar planos oferecidos pelo mercado.
Para saber quanto aplicar é preciso subtrair 20 de sua idade – o número final é o percentual dos rendimentos que deve ser investido todo mês em previdência privada, explica Pedreira. Por exemplo, se você tem 30 anos: 30 – 20 = 10. Portanto, para ter um benefício de 50% de seus ganhos atuais, é necessário separar 10% do salário. O restante virá da previdência pública. Se a renda subir, o valor da aplicação ou dos aportes deve acompanhar.
O momento de planejar e começar poupar para um futuro tranquilo é agora, que você está na ativa, produtivo, trilhando sua carreira. É neste momento que você deve idealizar e enxergar o modo de vida que quer ter quando a hora da aposentadoria chegar. É neste contexto que escolher um bom plano de previdência privado fará toda a diferença, pois, torna-se arriscado contar apenas com a previdência social já que volta e meia surge os boatos da Previdência Social não suportar e consequentemente o governo não conseguir arcar com os custos da aposentadoria de milhões de brasileiros.
Fonte: Revista Você s/a novembro de 2013
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por Jucineide Oliveira Cabral
História Geral e Econômica - Turma 02
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